A Consciência e os Eus Temporários
O estado natural de todo ser
humano nesta dimensão é composto por vários “eus temporários”. É importante
compreender que não somos um, mas muitos. Somos um emaranhado de eus
interagindo em nosso corpo físico, mental, emocional e espiritual. Dentro de
cada um desses eus, cada um interage tentando obter o poder sobre o outro. A
ilusão de que somos uma só pessoa nos impede de compreender o porquê de coisas
serem como são em nossas vidas e o porquê de estarmos sempre repetindo os
mesmos erros ou enfrentando as mesmas dificuldades que nos impedem de cumprir
com que havíamos resolvido.
Nessa confusão de eus que vivem dentro da nossa consciência disputando a razão e interferindo em nossa realidade geralmente atribuímos ao que não está dando certo em nossas vidas a realidade externa. Existe muito pouca objetividade em analisarmos nossa situação presente.
Dentro desse conceito de emaranhados de eus interagindo em nós os quais atribuo
a origem a frequências de informações ligadas a nossos eus atuando em outras
realidades com as quais estamos conectados é de suma importância trabalhamos a
autoanálise do que estamos tentando resolver/aprimorar em nosso aqui/agora e
que nos trouxe novamente a esse novo aprendizado.
A auto análise consiste em desenvolver a capacidade de observar nossas
atitudes, emoções e pensamentos o maior tempo possível dentro de nosso agregado
de eus interligados nos registros de nossa consciência, tentando perceber esta
situação de “personalidade desagregada”, frequente na vida da maioria dos
indivíduos.
A autoanálise dentro de cada situação experimentada fará com que as informações
dentro dos registros da nossa consciência intervenham e elucidem gradativamente
o porquê de estarmos vivenciando determinada situação. Se praticarmos sempre a
auto-observação veremos como as respostas virão trazendo elucidações e
harmonizando o que necessitamos aprimorar em nós. A autoanálise de situações
nos levará a sair do pântano de caos em que nos colocamos em determinadas
situações que nos afetam em um grau mais profundo.
Para cada evento diferente, é solicitado que observemos a reação que surge
dentro de nós. Com o tempo esse eu-observador passa a representar o centro ao
redor do qual será construída, posteriormente, a “sensação de ser” do
indivíduo. Esse é o primeiro passo em direção ao desenvolvimento de uma tomada
de consciência de si mesmo e consequentemente, da capacidade de auto
recordar-se do porque estar aqui e o que precisa amadurecer/aprimorar dentro de
si mesmo. Somente com essa capacidade desenvolvida podemos pensar em mudar o
nosso estado.
Quando começamos a trilhar esse caminho de auto-observação é quando iniciamos o
trabalho da supressão de hábitos muito nocivos ao longo dos registros de vidas
de nosso “eus” e que nos causam profundo desgaste energético e traumas em
vários níveis tais como, emoções negativas, tiques nervosos ou movimentos
corporais repetitivos e desnecessários, etc.
Na frequência da vida tridimensional em que vivemos, observar a si mesmo é
extremamente difícil e muito trabalho consiste apenas em tentar fazer isso. O
Ego sempre vai desafiar a falsa ilusão de que você está fazendo isso e que está
dando certo.
Uma característica fundamental da prática da autoanálise é que ela deve ser
conduzida de forma completamente imparcial. Se a autoanálise envolver
julgamentos isso nos manterá aprisionados numa rede de emoções mal trabalhadas
e pouquíssimo conscientizadas. Se nos auto julgarmos a cada auto análise que
realizamos tentando modificar nosso comportamento estamos rescindindo em
padrões de autopunição o que nos levará a retroceder no objetivo da
auto-observação que consiste em não tentar modificar o nosso comportamento e
sim compreender o que nos trouxe a essa condição limitadora. Isso ocorre porque
ainda não temos nenhum poder para compreender de súbito ou mudar a maneira como
as coisas acontecem.
Gradativamente com o despertar da consciência cada um poderá então questionar
algo onde então o esclarecimento trará algo novo como resposta porque não
estaremos mais em uma frequência de autojulgamento ou de outros.
Por outro lado, muitos de nossos condicionamentos estão presos ao inconsciente
coletivo em que vivemos e na herança genética/ancestral que herdamos ao longo
de nossos registros de vida. Muitos de nossos comportamentos, emoções e
pensamentos são determinados pelo grupo e inconsciente coletivo em que vivemos
e muito do que achamos que fazemos ou sentimos ou pensamos, na verdade faz
parte de nossa herança genética e do meio social em que vivemos.
Devemos enfatizar que a própria realidade com a qual temos contato não deve ser
compreendida como sendo a realidade verdadeira. O ser humano na grande maioria
das vezes responde mecanicamente e se deixa conduzir pelos fluxos de opiniões,
atitudes e percepções da maioria. Em decorrência dessa interligação
inconsciente à realidade externa devemos acreditar que quanto maior nossa
imparcialidade e ausência de julgamentos morais durante a autoanálise, menos
desperdiçaremos nossa energia com emoções negativas ao longo do processo.
Sem trabalharmos o nosso despertar, não seremos capazes de perceber que aquilo
que imaginamos que somos precisa ser transformado em algo maior que nos faça
sentir que estamos vivos, uma vez que é bastante questionável afirmar que
existe vida real no estado de inconsciência. A vida é plena consciência do
estado de ser e existir. Ela é eterna, absolutamente consciente de si, e está
sempre presente em todas as partículas da criação. Somente no estado de
consciência de si mesmo é que poderemos fazer parte dessa corrente de vida
eterna e imutável.
Maiana lena, consciência unificada em servir a luz!
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