quinta-feira, 21 de março de 2024

 


O estado natural de todo ser humano nesta dimensão é composto por vários “eus temporários”. É importante compreender que não somos um, mas muitos. Somos um emaranhado de eus interagindo em nosso corpo físico, mental, emocional e espiritual. Dentro de cada um desses eus, cada um interage tentando obter o poder sobre o outro. A ilusão de que somos uma só pessoa nos impede de compreender o porquê de coisas serem como são em nossas vidas e o porquê de estarmos sempre repetindo os mesmos erros ou enfrentando as mesmas dificuldades que nos impedem de cumprir com que havíamos resolvido.

Nessa confusão de eus que vivem dentro da nossa consciência disputando a razão e interferindo em nossa realidade geralmente atribuímos ao que não está dando certo em nossas vidas a realidade externa. Existe muito pouca objetividade em analisarmos nossa situação presente.

Dentro desse conceito de emaranhados de eus interagindo em nós os quais atribuo a origem a frequências de informações ligadas a nossos eus atuando em outras realidades com as quais estamos conectados é de suma importância trabalhamos a autoanálise do que estamos tentando resolver/aprimorar em nosso aqui/agora e que nos trouxe novamente a esse novo aprendizado.

A auto análise consiste em desenvolver a capacidade de observar nossas atitudes, emoções e pensamentos o maior tempo possível dentro de nosso agregado de eus interligados nos registros de nossa consciência, tentando perceber esta situação de “personalidade desagregada”, frequente na vida da maioria dos indivíduos.

A autoanálise dentro de cada situação experimentada fará com que as informações dentro dos registros da nossa consciência intervenham e elucidem gradativamente o porquê de estarmos vivenciando determinada situação. Se praticarmos sempre a auto-observação veremos como as respostas virão trazendo elucidações e harmonizando o que necessitamos aprimorar em nós. A autoanálise de situações nos levará a sair do pântano de caos em que nos colocamos em determinadas situações que nos afetam em um grau mais profundo.

Para cada evento diferente, é solicitado que observemos a reação que surge dentro de nós. Com o tempo esse eu-observador passa a representar o centro ao redor do qual será construída, posteriormente, a “sensação de ser” do indivíduo. Esse é o primeiro passo em direção ao desenvolvimento de uma tomada de consciência de si mesmo e consequentemente, da capacidade de auto recordar-se do porque estar aqui e o que precisa amadurecer/aprimorar dentro de si mesmo. Somente com essa capacidade desenvolvida podemos pensar em mudar o nosso estado.

Quando começamos a trilhar esse caminho de auto-observação é quando iniciamos o trabalho da supressão de hábitos muito nocivos ao longo dos registros de vidas de nosso “eus” e que nos causam profundo desgaste energético e traumas em vários níveis tais como, emoções negativas, tiques nervosos ou movimentos corporais repetitivos e desnecessários, etc.

Na frequência da vida tridimensional em que vivemos, observar a si mesmo é extremamente difícil e muito trabalho consiste apenas em tentar fazer isso. O Ego sempre vai desafiar a falsa ilusão de que você está fazendo isso e que está dando certo.

Uma característica fundamental da prática da autoanálise é que ela deve ser conduzida de forma completamente imparcial. Se a autoanálise envolver julgamentos isso nos manterá aprisionados numa rede de emoções mal trabalhadas e pouquíssimo conscientizadas. Se nos auto julgarmos a cada auto análise que realizamos tentando modificar nosso comportamento estamos rescindindo em padrões de autopunição o que nos levará a retroceder no objetivo da auto-observação que consiste em não tentar modificar o nosso comportamento e sim compreender o que nos trouxe a essa condição limitadora. Isso ocorre porque ainda não temos nenhum poder para compreender de súbito ou mudar a maneira como as coisas acontecem.

Gradativamente com o despertar da consciência cada um poderá então questionar algo onde então o esclarecimento trará algo novo como resposta porque não estaremos mais em uma frequência de autojulgamento ou de outros.

Por outro lado, muitos de nossos condicionamentos estão presos ao inconsciente coletivo em que vivemos e na herança genética/ancestral que herdamos ao longo de nossos registros de vida. Muitos de nossos comportamentos, emoções e pensamentos são determinados pelo grupo e inconsciente coletivo em que vivemos e muito do que achamos que fazemos ou sentimos ou pensamos, na verdade faz parte de nossa herança genética e do meio social em que vivemos.

Devemos enfatizar que a própria realidade com a qual temos contato não deve ser compreendida como sendo a realidade verdadeira. O ser humano na grande maioria das vezes responde mecanicamente e se deixa conduzir pelos fluxos de opiniões, atitudes e percepções da maioria. Em decorrência dessa interligação inconsciente à realidade externa devemos acreditar que quanto maior nossa imparcialidade e ausência de julgamentos morais durante a autoanálise, menos desperdiçaremos nossa energia com emoções negativas ao longo do processo.

Sem trabalharmos o nosso despertar, não seremos capazes de perceber que aquilo que imaginamos que somos precisa ser transformado em algo maior que nos faça sentir que estamos vivos, uma vez que é bastante questionável afirmar que existe vida real no estado de inconsciência. A vida é plena consciência do estado de ser e existir. Ela é eterna, absolutamente consciente de si, e está sempre presente em todas as partículas da criação. Somente no estado de consciência de si mesmo é que poderemos fazer parte dessa corrente de vida eterna e imutável.


Maiana lena, consciência unificada em servir a luz!

 

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